o desequilibrio perfeito entre a perfeição e o caoticismo
Essa intervenção nasceu com a observação de diversas filas. A princípio nos deparamos com filas realmente desesperadoras, tais como bancos, repartições públicas, hospitais, escolas, restaurantes, etc. Contudo, continuamos investigando e descobrimos que em ambientes dirigidos a dirveçao, as filas também causavam desespero. Estamos condicionados a experimentar as diversas situações de espera com incomodo, uma vez que nosso tempo está demasiadamente valorizado, assim, até quando saímos para nos divertir repetimos esse padrão de comportamento. Quem espera desespera?
Nosso trabalho está focado na desconstruçao desse habito, buscamos trocar o olhar sobre o momento em que esperamos algo. O palhaço é capaz de metamorfosear os hábitos, dando ao humano outro registro das experiências, trabalhando as possibilidades de surpresa para aflorar outras verdades. O vácuo da espera poderá ser alterado pelo processo criativo elaborado na própria ação.
A ação da dupla Zulipeta e Olavo começa com o reconhecimento de quem está se desesperando com a espera. Munidos de seus instrumentos musicas e sua mala, a dupla intervem com propostas de jogos, músicas, danças e cenas espontâneas criadas na relação com o público. Os palhaços vão percorrendo as diferentes filas descontraindo a situação de espera, unindo e convidando ao jogo toda família e o mais diversificado público, levando-os assim a rever os hábito de espera do próprio cotidiano, por meio do riso nas ações e ralações.